Dizem que uma das maiores conquistas humanas foi a invenção da escrita.
Desde seu surgimento passou por inúmeras transformações e responsabilizou-se
pela codificação da linguagem. Conhecemos uma variedade imensa de línguas e
dialetos que compõe os mais diversos povos e culturas. Cada língua com sua
gramática específica, semântica singular e muitas regras de coerência e coesão
que estão postas para o estudo e compreensão dos próprios homens que a criaram.
Confesso caro leitor, é algo fantástico o mundo das palavras, mas...
Existe um mundo muito mais complexo e enigmático que ser humano algum sabe
explicar, nem é capaz de conhecê-lo totalmente. Os filósofos já indagaram a
respeito deles desde a antiguidade, os médicos já tentaram explica-los biologicamente,
a Bíblia já tentou nos explicar a divindade que os envolve, os poetas tentam
traduzi-los em palavras, as canções unidas à poesia conseguem tocá-los com suas
melodias, mas não os entenderam ainda. Os psicólogos se esforçam para
estudá-los e ajudar aqueles que adoecem por causa deles. Os atores tentam
reproduzi-los, e os amantes tentam vivê-los da forma mais intensa possível... Talvez
devido a todos esses impasses e tentativas descritivas resolveram chama-los de
sentimentos...
Os sentimentos não são passíveis de explicação, as emoções ditam a
semântica das coisas, sem organização ou previsão, até conseguimos denominar
alguns, mas ninguém saberá traduzir à linguagem do amor, as loucuras da paixão,
as sensações produzidas por um sorriso sincero, um brilho no olhar... E
torna-se como mágica: ninguém sabe o segredo, a explicação, apenas apreciamos o
espetáculo.
O trabalho Sem explicação de Priscila Costa foi licenciado com uma Licença Creative Commons - Atribuição - SemDerivados 3.0 Não Adaptada
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